domingo, 20 de junho de 2010

Noite Morta


Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.


Ninguém passa na estrada.

Nem um bêbado.

No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.

Sombras de todos os que passaram.

Os que ainda vivem e os que já morreram.


O córrego chora.

A voz da noite . . .


(Não desta noite, mas de outra maior.)


M. Bandeira

Eu vejo nesse trilho os espaços que existem entre mim e os meus abismos. Lá no escuro enxergo os vultos das minhas assombrações, estas me acompanham constantemente.

Na noite morta, as palavras me acompanham...

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