terça-feira, 30 de novembro de 2010

lembranças

Vejo essas fotos e lembro dos momentos em que me sentia uma meninamulher. Lembro dos amores e desamores, das pequenas besteiras que vivi com aquela velha e eterna amiga, aquela que não está tão mais próxima... Lembro dos grupos que formei e dos amigos efêmeros de uma longas datas. E porquê não lembrar dos momentos da infância em que a minha noção do tempo era tão singela e pura...á essa talvez seja uma das lembranças mais doces que carrego, doce por causa do pé-de-moleque que a avó guardava a 7 chaves no armário da sala, aquele doce tão desejado que o maior prazer era a espera de um dia consiguir abrir o armário e tomar um para si.

Olhando para essas fotos vejo o quanto continuo a mesma e o quanto mudei. Talvez a mesma menina de sempre e, talvez, a mulher que sempre tive medo de ser.

Escuto nas fotos os dias em que senti o ar mais limpo e sereno, as músicas da festa do primo, as risadas e o choro de uma criança qualquer. Escuto os passáros que acompanharam os meus passos e as flores que enfeitaram o meu caminho. Escuto os sons não identificados e as conversas jogadas fora por horas e horas. Ainda consigo escutar os gritos da mãe sejam de alegria, tristeza, raiva...

Sinto o gosto da cerveja, da cachaça, da água, do suco, do amor, do prazer naquela mesa da praia. E mais, consigo sentir o peso das lágrimas na entrega de um dos únicos presentes mais importantes da minha vida,.

Vivo nas fotos a vontade de militar como quem quer salvar o mundo, da dialética com os companheiros de luta. Dos tantos momentos que passamamos dificieis e que nos agarramos na voz... na voz daquele que pensa e quer o melhor para todos.

Junto as fotos e choro...
"Deixo o amanhã e a gente sorrir, que o coração já quer descansar".

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